domingo, 10 de outubro de 2010

noite de homem só

Que a luxuria não me atraia

E minha mente não me traia

Nos hiatos dessa historia

Nas horas de pouca gloria

Onde me encontro com a carência

E perco um pouco da decência

Misturo-me com a escória

Procurando uma vitoria

Que seja régia ou vadia

Mas traga-me alegria

Que seja paga ou emprestada

Mesmo que seja roubada

Aceito de bom grado

Este romance encenado

É nessa ilusão que crio

Que passo os dias vazios

De quando você me deixa

E partindo se queixa

De não ser mais tão amada

Ou por não ser tão desejada

Mas me mata a abstinência

Causada por tua ausência

Persigo paixões falsas

Sem o glamour das nossas valsas

Tento achar substituta

Não é nobre minha conduta

É o caminho que eu faço

Quando é vago o teu espaço

Ao meu lado em nossa cama

Fazes falta, minha dama.

E sozinho mais uma noite findo

Olhando a lua partindo

E trazendo o amanhecer

De mais um dia sem você.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Insonia

Dos sons da noite o mais alto
É o meu pensamento
Que chama seu nome
Que morre de fome
Que busca alimento
Nas lembranças escassas
Me sirvo em taças
De doces memórias
São imagens gravadas
Passagens narradas
Nossas breves historias
Dos sons da noite o mais alto
É o meu pensamento
Que clama tua presença
Que deseja recompensa
Por ocupar-se só de ti
Mas a solidão me atinge
E a minha mente finge
Apagar o que senti
Pra enganar meu coração
E criar a ilusão
De que nao sinto sua falta
Pra que eu possa adormecer
E por pouco me esconder
Da saudade que me assalta