Mato a fome que me consome
Mato o tempo que me foi dado
Mato a sede que agonia
Mato a curiosidade que angustia
Somente A saudade de ti
Que não me é permitida matar
O desejo de ver-te
Não me é permitido realizar
Contenho as lagrimas
Pra enganar-me
Forte quero parecer,
Não pro mundo
Nem pra você,
Mas eu mesma quero acreditar
Que forte sou,
E não me permito chorar
Ao menos não por ti,
Que a mim renunciaste
Mas acho pequenas outras coisas
As quais dedico meu pranto,
Isso quando ele vem.
Contenho As lagrimas
Pra forçar-me
A não sentir e não cair
A não pensar e não falhar
Nessa tentativa vã
De tirar-te de meu pensamento
O ócio, companheiro inútil
Na arte de esquecer-te
Perseguir-te torna-se um habito
Nas minhas tardes desocupadas
Olhar-te estático no retrato
Sem teu cheiro sentir
Ler suas palavras num relato
Sem tua voz ouvir
É maneira de me sentir perto
Mesmo que me lembre da distancia
Nessa paradoxal tortura
A qual me disponho
Apenas pra prender-te
Um pouquinho mais dentro de mim
Não deixas minha mente
Não deixas vago o meu coração
Embora tenhas há muito deixado.
No fundo eu sei que é egoísmo
Querer lembrar-te de mim
Só porque de ti não esqueço.
Espero que releve
Minha insistência e perseguição
A culpa é toda da paixão
Que me despertastes e agora
Obrigas-me a deixar ir embora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário